A temperatura da água no sul da Flórida atingiu três dígitos – níveis de banheira de hidromassagem – por dois dias seguidos. Os meteorologistas acreditam que pode ser a água do mar mais quente já medida, embora algumas dúvidas sobre a leitura permaneçam.

Os cientistas já estão vendo efeitos devastadores das águas quentes ao redor da Flórida, como a morte de alguns corais em um dos mais resistentes recifes da Florida Keys. A água mais quente também é combustível para furacões.

A boia que mede a temperatura em Manatee Bay atingiu 101,1 graus Fahrenheit (38,4 graus Celsius) na noite de segunda-feira (24), de acordo com o meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia George Rizzuto. Na noite anterior, aquela mesma boia mostrou uma leitura online de 100,2 F (37,9 C).

Se confirmada, a leitura de segunda-feira seria quase 1,5 grau Fahrenheit maior do que o recorde anterior, estabelecido nas águas do Kuwait há três verões, 99,7 graus Fahrenheit (37,6 graus Celsius).

As consequências para os corais marinhos são graves. O pesquisador da NOAA, Andrew Ibarra, notou que todo o recife da região estava branqueado. “Cada colônia de coral exibia alguma forma de palidez, branqueamento parcial ou branqueamento total”, disse.

Até a década de 1980, o branqueamento de corais era praticamente inédito. O branqueamento – que não mata o coral, mas o enfraquece e pode levar eventualmente à morte – ocorre quando a temperatura da água excede os 80 graus (30 graus Celsius).

As temperaturas da água no sul da Flórida estão na casa dos 90 graus há mais de duas semanas.

As temperaturas da superfície do mar em todo o mundo quebraram recordes mensais de calor em abril, maio e junho, de acordo com a NOAA. E as temperaturas no Oceano Atlântico Norte estão fora dos gráficos – até 9 a 11 graus Fahrenheit (5 a 6 graus Celsius) mais quentes do que o normal em alguns pontos perto de Newfoundland.

Fonte: AP

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