Poucas histórias este ano – ou século, na verdade – cativaram o mundo tanto quanto a perda catastrófica do submersível Titan.
Os cinco passageiros mortos na tragédia pagaram US$ 250 mil cada pela oportunidade de ver de perto o Titanic no fundo do oceano. Segundo o cofundador da OceanGate, a empresa por trás da viagem malfadada, “Eles estavam muito conscientes dos riscos”. E mesmo assim foram.
Apesar dos riscos – e dos preços exorbitantes – o turismo de aventura é uma indústria em rápido crescimento. De acordo com uma reportagem da Robb Report, em 2021, o mercado global de turismo de aventura foi avaliado em 282 bilhões, com expansão projetada a uma taxa anual de 15,2% de 2022 a 2030. Em 2022, 90% das empresas da Adventure Travel Trade Association relataram aumentos de receita. Isto é graças ao aumento gradual no número de viajantes que estão dispostos a realizar e pagar por atividades de alto risco.
O triste fim do Titan lembrou os caçadores de emoções do quão reais são os perigos da indústria. Mas o “momento da verdade” não durou muito: especialistas disseram ao Robb Report que o desastre do OceanGate não fez nada para desacelerar o crescimento do turismo de aventura.
Mas por quê?
Está tudo na química do cérebro e nas demonstrações de status, de acordo com especialistas entrevistados por The Conversation:
O comportamento de risco pode provocar sentimentos de euforia e uma sensação de transformação pessoal. Além disso, as aventuras que podem gerar milhares de likes no Instagram podem funcionar como símbolos de status.
Mas, à medida que o boom continua, torna-se cada vez mais difícil “se gabar socialmente”, afinal, mais de 100 mil pessoas visitam a Antártida anualmente e várias pessoas já estiveram tanto no espaço como no fundo do mar.
Então, as ofertas estão se tornando cada vez mais ousadas (e mais caras). Afinal nem o céu é o limite!
Quer entrar nessa? Comece a planejar agora. A World View, uma startup que leva viajantes ao espaço em cápsulas pressurizadas presas a balões meteorológicos a US$ 50 mil por assento, já esgotou seus voos para 2024.
Fonte: Hustle e Robb Report