Na quarta-feira (4), mais de 75 mil funcionários sindicalizados da Kaiser Permanente, um dos maiores prestadores de cuidados de saúde sem fins lucrativos do país, parou de trabalhar, iniciando a maior greve de profissionais de saúde na história dos EUA.
Os funcionários em greve, que trabalham na Califórnia, Colorado, Washington, Virgínia, Oregon e Washington, DC, são representados por uma coligação de oito sindicatos que compreendem 40% do pessoal total da Kaiser Permanente. A grande maioria dos trabalhadores em greve está nos estados da Costa Oeste. A greve começou às 6h, horário local, e vai até a manhã de sábado.
Pelo que os trabalhadores estão lutando?
Funcionários em greve dizem que a falta de pessoal os deixou sobrecarregados e esgotados. Numa declaração recente, a Kaiser Permanente disse que concordou em acelerar as contratações, estabelecendo uma meta de contratar 10 mil novas pessoas para empregos representados por sindicatos até ao final de 2023.
A coligação sindical exige também salários mais elevados.
As negociações progrediram antes do início da greve, mas a administração da Kaiser Permanente ainda está distante da meta de contratação de novos funcionários.
Como garantir o atendimento aos pacientes durante a greve?
Embora médicos e a maioria dos enfermeiros não estejam em greve, alguns serviços podem ser afetados pela paralisação temporária do trabalho. Em comunicado, a Kaiser Permanente disse que está se preparando para a greve, mas que os pacientes devem esperar que alguns serviços não emergenciais e eletivos tenham que ser remarcados.
Outras indústrias enfrentam greves
Greves em grande escala paralisaram empresas e indústrias inteiras nos últimos meses.
Na indústria automobilística trabalhadores do sindicato “The United Auto Workers” estão em greve contra a Ford, General Motors e Stellantis. É a primeira vez que o sindicato entra em greve contra as três simultaneamente.
A indústria do entretenimento também enfrentou greves neste verão, depois que os sindicatos tanto de roteiristas quanto de atores de Hollywood entraram em greve ao mesmo tempo pela primeira vez desde 1960. A liderança dos roteiristas chegou a um acordo provisório com os estúdios de Hollywood no mês passado, mas a greve dos atores continua.
Fonte: CNN