Esta Sexta-feira (11) marca os 50 anos do nascimento do hip-hop – uma viagem relativamente curta desde o seu início em uma pequena festa no Bronx até tornar-se um dos gêneros mais populares e influentes do mundo.

Na cidade de Nova York e em todo o país neste fim de semana, shows e celebrações serão realizados para celebrar a data. As principais plataformas, incluindo Netflix, Apple e Spotify, também homenagearão o ritmo com documentários especiais, podcasts, entre outros.

Um pouco de história 

A indústria multibilionária nasceu em uma festa de volta às aulas em um prédio de apartamentos no Bronx em 11 de agosto de 1973. Desde que o DJ jamaicano Kool Herc tocou pela primeira vez naquela festa, o hip-hop cresceu muito além do que se esperava.

Os jovens de Nova York criaram o hip-hop como meio de expressão e solidariedade em um momento particularmente difícil da cidade — marcado pelo pouco interesse e investimento nas comunidades, altos índices de violência e pobreza.

Hoje, o hip hop é o gênero mais ouvido no mundo, diz Shain Shapiro, diretor executivo da organização sem fins lucrativos Center for Music Ecosystems. Se isso continuar acontecendo, a participação do hip hop na indústria musical como um todo representará cerca de US$ 33 bilhões até 2030.

Além de sua popularidade direta – vendas de discos, streaming, turnês e festivais de grande sucesso – o hip-hop construiu uma cultura vibrante e em constante evolução que se estende por vários setores. Por exemplo, o break-dancing, será um esporte olímpico em Paris no ano que vem.

O ritmo também ajudou algumas das empresas mais valiosas do mundo a construir suas marcas e fidelizar clientes, incluindo Apple, Nike e Block. É por isso que é muito difícil quantificar seu verdadeiro impacto econômico geral.

Perda de significado 

Mas alguns alegam que com todo esse crescimento, as raízes do hip-hop como meio de expressão contra a opressão se perderam ao longo do caminho.

“Acho que estamos em uma encruzilhada e é por isso que o 50º aniversário é tão importante”, disse Elena Romero, uma jornalista de longa data e documentarista de hip-hop cuja nova série, “Hip-Hop Subway: The L Line”, estreia nesta sexta-feira na TV CUNY.

Romero diz que, embora seja importante homenagear os criadores do hip-hop, “também precisamos examinar onde estamos, como nos beneficiamos, mas onde falhamos em apoiar nossa comunidade”.

Fonte: AXIOS

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