Durante gerações, a população transgênero vem sofrendo várias formas de abuso (e até morte) por desafiar pontos de vista, noções e estereótipos em torno do que é identidade “masculina” e “feminina”.
Sendo assim, todos os anos o país norte-americano reserva o dia 20 de novembro para lembrar e homenagear a comunidade transgênero, que enfrenta discriminação e estigma em todo o país. A data também tem como objetivo defender os direitos das pessoas trans, bem como focar nas lutas persistentes que elas enfrentam nas suas vidas quotidianas e em como os outros podem partilhar o amor, apoio e esperança.
“Transgender Day of Remembrance” foi iniciado em 1999 pela defensora transgênero Gwendolyn Ann Smith como uma vigília para homenagear a memória de Rita Hester, uma mulher transexual que foi morta em 1998. A vigília lembrou de todas as pessoas trans perdidas desde a morte de Rita Hester e deu início a uma tradição importante no país.
Aproveitando a data, a organização The Humamn Rights Campaign anunciou que pelo menos 33 pessoas transexuais foram mortas nos Estados Unidos desde novembro do ano passado. Dessas mortes, 26 foram registradas este ano até agora. Os dados da organização também mostram que a maioria das vítimas tinha menos de 35 anos. No ano passado, a idade média das vítimas era de 28 anos.
The Humamn Rights Campaign declarou estado de emergência nacional para pessoas LGBTQ no início deste ano em resposta ao número crescente de projetos de lei anti-LGBTQ apresentados em todo o país. A maioria dos projetos de lei visa limitar o uso de banheiros, o acesso a cuidados de afirmação de gênero e a participação em esportes por parte de pessoas trans.
No Brasil é Dia da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra é reservado para lembrar a morte de Zumbi – um líder da resistência à escravidão – e para refletir sobre as trágicas injustiças impostas à comunidade negra e aos descendentes de africanos desde os tempos da colonização.
Este dia faz parte de um movimento social, dedicado a reconhecer o valor e as contribuições do povo negro do Brasil, honrando a sua existência e protestando contra a discriminação racial.
A ideia de celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra aconteceu em 1971, em Porto Alegre, pelo poeta, professor e pesquisador gaúcho Oliveira Silveira, em reunião do Grupo Palmares, associação que reunia militantes e pesquisadores da cultura negra brasileira.
A data propõe a reflexão sobre o valor e a contribuição da comunidade negra para o Brasil, e debater temas como racismo, igualdade social, inclusão de negros e a valorização da cultura afro-brasileira.
O Dia da Consciência Negra integra o calendário oficial brasileiro desde 2011, por decreto da presidente Dilma Rousseff, mas só é feriado em cerca de mil municípios, entre eles Goiânia, João Pessoa e Florianópolis. Este ano, pela primeira vez é feriado em todo o estado de São Paulo.
Um projeto de lei que prevê a data como feriado nacional, foi aprovado no Senado em setembro de 2021, mas ainda aguarda exame pela Câmara dos Deputados.
Fonte: NationalToday e Agência Brasil