O leite de soja pode aumentar o risco de câncer de mama. Alimentos sem gordura são mais saudáveis do que alimentos ricos em gordura. Veganos e vegetarianos são deficientes em proteínas. Algumas ideias falsas sobre nutrição parecem perdurar na cultura americana.
O The New York Times entrevistou alguns nutricionistas, que destacaram as principais delas. Confira abaixo.
Mito nº 1: Frutas e vegetais frescos são sempre mais saudáveis do que variedades enlatadas, congeladas ou secas
Apesar da crença de que “fresco é melhor”, pesquisas apontam que algumas frutas e legumes congelados, enlatados e secos podem ser tão nutritivos quanto seus equivalentes frescos.
Mito nº 2: Toda gordura é ruim
Nem todas as gorduras são ruins. Enquanto certos tipos de gorduras, incluindo gorduras saturadas e trans, podem aumentar o risco de doenças cardíacas ou derrame, gorduras saudáveis – como gorduras monoinsaturadas (encontradas em azeite e outros óleos vegetais, abacates e certas nozes e sementes) e gorduras poliinsaturadas (encontrada no girassol e outros óleos vegetais, nozes, peixes e sementes de linhaça) – na verdade, ajudam a reduzir o risco. As gorduras boas também são importantes para fornecer energia, produzir hormônios importantes, apoiar a função celular e auxiliar na absorção de alguns nutrientes.
Mito nº 3: Caloria é o fator mais importante para ganho de peso a longo prazo
É verdade que, se você consumir mais calorias do que gasta, provavelmente ganhará peso. E se você queimar mais calorias do que consome, provavelmente perderá peso – pelo menos a curto prazo.
Contudo, a longo prazo, são os tipos de alimentos que ingerimos que podem ser os condutores do ganho de peso.
Então o que é necessário para manter um peso saudável é uma mudança no tipo de caloria consumida, priorizando uma alimentação saudável em geral.
Mito nº 4: O leite vegetal é mais saudável que o leite de vaca
Normalmente, o leite de vaca tem cerca de oito gramas de proteína por xícara, enquanto o leite de amêndoa geralmente tem cerca de um ou dois gramas por xícara, e o leite de aveia geralmente tem cerca de dois ou três gramas por xícara. Embora a nutrição das bebidas à base de plantas possa variar, muitas têm mais ingredientes adicionados – como sódio e açúcares, que podem contribuir para problemas de saúde, do que o leite de vaca.
Mito nº 5: Batatas brancas são ruins para você
As batatas costumam ser vistas como vilãs por causa de seu alto índice glicêmico – o que significa que elas contêm carboidratos de digestão rápida que podem aumentar o nível de açúcar no sangue. No entanto, as batatas podem realmente ser benéficas para a saúde. Elas são ricas em vitamina C, potássio, fibras e outros nutrientes, principalmente quando consumidas com a pele.
Mito nº 6: Você nunca deve alimentar seus filhos com produtos à base de amendoim nos primeiros anos de vida
Durante anos, especialistas aconselharam que a melhor maneira de evitar que crianças desenvolvessem alergias alimentares era evitar alimentá-los com alimentos alergênicos comuns, como amendoim ou ovos, durante os primeiros anos de vida. Mas agora, dizem os especialistas em alergia, é melhor apresentar produtos com amendoim ao seu filho desde cedo, ou seja, entre os 4 e seis meses você já pode oferecer pasta de amendoim, por exemplo.
Mito nº 7: A proteína nas plantas é incompleta
Onde você obtém sua proteína?’ é a pergunta nº 1 que os vegetarianos ouvem.
O mito é que faltam alguns aminoácidos nas plantas. Mas, na realidade, todos os alimentos à base de plantas contêm todos os 20 aminoácidos, incluindo todos os nove aminoácidos essenciais. A diferença é que a proporção desses aminoácidos não é tão ideal quanto a proporção de aminoácidos em alimentos de origem animal. Portanto, para obter uma mistura adequada, basta comer uma variedade de alimentos à base de plantas ao longo do dia.
Mito nº 8: Comer alimentos à base de soja pode aumentar o risco de câncer de mama
Verificou-se que altas doses de estrogênios vegetais na soja, chamadas isoflavonas, estimulam o crescimento de células tumorais de mama em estudos com animais. No entanto, essa relação não foi comprovada em estudos humanos, segundo especialistas.
Fonte: The New York Times
Texto original: http://bit.ly/3HwEFKM